
Não são moinhos de vento,nem azenhas.
São apenas moinhos uns com duas pedras outros só com umas.
No rio da minha aldeia pelo menos que eu conheça existem cinco.
Já muito muito velhinhos,alguns ainda moem,,grão que transformam em farinha.
Alguns já foram vandalizados,outros caíram aos pedaços.
Ate as heras e as silvas cresceram a volta e taparam os telhados.
Que tristeza velo assim abandonados, pois ainda a tão pouco tempo,dia e noite
sempre sem parar,com a sua mo sempre a girar.
Para que na aldeia o pão não fosse faltar.
Meu Deus era um rodopio de carros de bois,sempre carregados de grandes sacos de grão, de trigo e de centeio.
E o rodizio pela agua,puxado nunca parava,nunca estava cansado.
Girando e girando,e a mo a moer,e a alva farinha que parecia neve.
E a mo girando girando sempre a cantar a mesma canção.
E na sua canseira nunca nos deixou sem pão.
Dando de comer a toda a gente desta linda terra que e Agrochão.