
Quando em pequena eu ia,para o campo trabalhar.
Ia sempre alegre e a cantar.
De alpragatas,espanholas de contrabandistas.
Com bibe de folhos parecia uma artista.
Mas o que eu mesmo queria ser, era fadista.
Do cabo da minha enxada fazia uma guitarra.
E pelo o caminho eu a dedilha-vá.
Então era assim que o meu fado cantava.
Ao toque dos pés e ao trinar do cabo da enxada.
Miúdo da bica que bem eu o sabia!
O destino marca a hora era todo harmonia.
Ate da severa eu já os sabia.
António Mourão que grande gola,fazia-me sonhar com o amanha.
Mas do António Calvário era a maior fá.
Tristão da silva e aquela janela virada para o mar.
Marceneiro com o não venhas tarde.
Mas Amália era os que eu mais sabia,e adorava cantar.
Mas outras tantas que não vou mencionar.
Que não as esqueço e as sei cantar.
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