O meu desafio,aquilo que sou.
- Lilia Da Conçeição Fernandes.
- Agrochão, tras -dos-montes, Portugal
- Pessoa muito alegre,apesar de vida dificil,social,rabugenta,mas boa pessoa,nascida a 30/05/1946,em Agrochão,Vinhais,permaneçendo em Agrocão ate a idade de 11 tendo emigrado posteriormente para Angola,onde vivi dezanove anos. Vivendo,dois anos em luanda um em nova lisboa e os restantes em benguela,tendo conhecido angola de les a les em passeio. Regressando no pos vinte cinco de abril a Portugal,indo viver em Belmonte,terra do meu marido,onde permaneci alguns anos sendo alguns filhos naturais de la. Regressei a minha terra,a quando o falecimento de meu pais,e por ca fiquei ate a atualidade,cultivando os meus pequenos quintais na minha terra adorada e por ca irei continuar ate que Deus queira,quem me quiser visitar a minha porta esta sempre aberta a todos. Espero que gostem dos meus poemas que retaratam a minha vida,tal qual ela aconteceu são as minhas lembranças para a posterioridade,um abraço a todos os que me aconpanham.
Traduzir.
Quais os poemas que agradam mais.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Meu coração cansado.
Meu coração já cansado não deve andar muito bem!
Num dia bate loucamente no outro nem batidas tem.
Anda sempre amuado já não bate por niguem.
Alguns dias anda alegre só lhe apetece cantar.
Mas logo no dia seguinte passa o dia a chorar.
Vê-la se te decides já não te posso aguentar.
Vou pedir te um favor que tu terás de cumprir.
Eu chorar não quero mais vo passar a vida a rir.
Pois se estas muito cansado podes deitar-te a dormir.
Mas não vás contar comigo,que o que eu quero cantar e rir.
Eu vo mandar a tristeza para bem longe de mim.
Pois eu serei feliz ate chegar o meu fim.
Mesmo que a amargura chegue eu vo manda-la embora.
Agora o meu coração cansado eu sei que nunca mais chora.
Dia de anos.
Hoje e dia dos teus anos que coisa tão boa.
Meu querido neto,estas em Bragança eu em Agroçhão.
Mas podes crer que estas no meu pensamento.
E bem chegadinho ao meu coração.
Queria do teu bolinho e da tua champanhe.
Mas eu sei que me trarás um copinho no fim de semana.
Então quando chegar e zás catrapaz vo me entornar.
Depois de entornada achas,que te vo cantar os parabéns!
Que mentira....!
Vo te cantar mas e um fado e bebendo mais um canto te o fado do trinta e um.
Com mil beijinhos da tua avozinha
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Antigamente ouvi.
Atigamen-te em pequena ouvi historias de pasmar.
Que ainda hoje ao recorda las me fazem arrepiar.
Contavam nos historias de bruxas ,lobisomens mais altos que janelas de um primeiro andar.
Agora com esta idade ,muita vez ao recordar me fazem rir.
Como uma pobre criança na sua linda inocência se deixava iludir.
Diziam-nos que era o papão e o mais o homem do saco.
Se não nos portássemos bem levavam-nos para um buraco.
Que la nas altas serranias,faziam uma fogueira.
E que nos punham a assar e nos comiam inteiras.
Que a noite vinham as bruxas montadas numa vassoura.
Para nos cortar o pescoço tinham uma grande tesoura.
Diziam que la vinham os papo secos la de traz daquela serra.
Que comiam homens vivos,quando andavam na guerra.
E agora criam comer as crianças desta terra.
Diziam-nos que haviam cobras de tamanhos surreais.
Que eram maiores que três touros que havia nos currais.
Contavam nos que eram princepes e princesas que fadas tinham transformado.
E que para voltar a serem gente alguém tinha que beija las.
Um dia na escola.
Ao colo de minha mãe aprendi a cantar,e foi ao colo dela que aprendi a rezar.
Mais tarde foi pela mão dela que fui para a escola estudar.
Mas depressa compreendi que só la eu ia ficar.
Era muita a criançada que na minha escola havia.
Apenas com sete anos nada daquilo entendia.
Eram duas professoras para tanta criançada.
Mal elas se descuidavam andava tudo a porrada.
Eu era muito pequena ruiva e sardenta,chamavam-me a "cenourinha".
Pensado logo em vingar me eu ficava cá na minha.
E a primeira oportunidade eu dava-lhe a cenourinha.
A minha pedra não falhava a sua linda cabechinha.
De corninhos a sangrar iam queixar-se a mãezinha.
Então passei a ser chamada Maria rapaz.
Niguem me punha o dedo em cima.
Pois nenhum era capaz ate a professora provou do meu cabaz.
Ainda na primeira classe eu não me saia mal.
Não sabia o a e i o u,mas já tinha decorado o nosso grande Condestável.
Andando no recreio com voz bem repenicada os versos do nosso Santo a para todos proclamava.
Mas a professora dona Ilda da janela me escutava.
Chamava-me a sala de aulas,essa mais me castigava.
Pondome meu livro na frente,a lição me apontava.
Nem uma palavra eu sabia,com a régua me açoitava.
Tanta pancada me deu que o meu rabo já sangrava.
Mas nem passou uma hora e já dela me vingava.
Não perdeu pela demora pois ela ficou mais queimada.
Era inverno fazia frio ,mandou-me acender a braseira.
Eu toda contente alegre e traiçoeira.
Pois no bolso do bibe trazia,três castanhas para comer.
Mas no meio do carvão bem escondidas as fui meter.
Quando a carvão acendi e la fui toda brejeira,pois já tinha a minha vingança,
metidinha na braseira.
Fui pola toda contente debaixo da secretaria.
Depois com o abano o carvão ela abanava.
Mal ela sabia o que lhe ia acontecer enquanto o lume ardia as castanhas a crescer.
Estava toda consolada de pernas esquarnanhadas sobre o estrado da braseira.
Quando arrebentam as castanhas só se ouvia uma grande chinfrine ira.
Saltando i gritando ia sacudindo a saia e o saiote.!
Mostrando a cuecinha pois o lume estava forte.
Já cheirava a coura to e a pelos do bigote.
Assim eu me vinguei,pois enquanto o meu rabo doía o dela ardia.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Io da burra.
La na beira do caminho fazem as melras os seus ninhos.
Para os seus filhinhos criar.
Mas la ia todos os dias o io da burra espreitar.
Ao lhe nascerem as penas tratava de lhos papar.
Com os melros depenados.
Sem tripas e chamuscados,la iam para a frigideira.
Depois de bem tostadinhos começava a papadeira.
Com uns litros de vinho tinha festa a noite inteira.
De manha ao acordar e nem a cara lavar.
Voltava de novo ao mesmo.
Por caminhos e veredas.
Apanhava outros tantos que lhe davam para as merendas.
As pobres mães a piar ate faziam arrepiar.
Com os seus pios de aflição.
Ao verem o io da burra ao ninho se aproximar.
Os passarinhos levava para os comer esse ladrão.
POBRES MELROS!ACABARAM NA BARRIGA DO PAPÃO.!
Dona visconda.
Senhora visconda de nariz empinado.
Agora e que eu te vo cantar um fado.
Vela o visconda se me ouves bem.
Não vás tu parar a coisa da mãe.
Senhora visconda tome juízo.
Se olhar bem para si sabe aquilo que eu digo.
Não mande o seu rapaz fazer coisas mas.
Tenha la vergonha se não tem vassoura suba na esfregona.
Dona visconda não mande o seu filho a roubar.
Pois se e apanhado vão lho tosquiar.
Depois e voçe que tem que pagar.
Não dizem que e bruxa!.
Na sua vassoura pode pegar mesmo sem pernas pode ir voçe roubar.
Mas tenha cautela que na chaminé.
Esta a fogueira e se entrar por ela não sai inteira.
Não vai conseguir levar nada.
Porque e na fogueira que a bruxa e queimada.
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