O meu desafio,aquilo que sou.

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Agrochão, tras -dos-montes, Portugal
Pessoa muito alegre,apesar de vida dificil,social,rabugenta,mas boa pessoa,nascida a 30/05/1946,em Agrochão,Vinhais,permaneçendo em Agrocão ate a idade de 11 tendo emigrado posteriormente para Angola,onde vivi dezanove anos. Vivendo,dois anos em luanda um em nova lisboa e os restantes em benguela,tendo conhecido angola de les a les em passeio. Regressando no pos vinte cinco de abril a Portugal,indo viver em Belmonte,terra do meu marido,onde permaneci alguns anos sendo alguns filhos naturais de la. Regressei a minha terra,a quando o falecimento de meu pais,e por ca fiquei ate a atualidade,cultivando os meus pequenos quintais na minha terra adorada e por ca irei continuar ate que Deus queira,quem me quiser visitar a minha porta esta sempre aberta a todos. Espero que gostem dos meus poemas que retaratam a minha vida,tal qual ela aconteceu são as minhas lembranças para a posterioridade,um abraço a todos os que me aconpanham.

Traduzir.

Quais os poemas que agradam mais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Um dia na escola.


Ao colo de minha mãe aprendi a cantar,e foi ao colo dela que aprendi a rezar.
Mais tarde foi pela mão dela que fui para a escola estudar.
Mas depressa compreendi que só la eu ia ficar.


Era muita a criançada que na minha escola havia.
Apenas com sete anos nada daquilo entendia.
Eram duas professoras para tanta criançada.
Mal elas se descuidavam andava tudo a porrada.


Eu era muito pequena ruiva e sardenta,chamavam-me a "cenourinha".
Pensado logo em vingar me eu ficava cá na minha.
E a primeira oportunidade eu dava-lhe a cenourinha.
A minha pedra não falhava a sua linda cabechinha.


De corninhos a sangrar iam queixar-se a mãezinha.
Então passei a ser chamada Maria rapaz.
Niguem me punha o dedo em cima.
Pois nenhum era capaz ate a professora provou do meu cabaz.


Ainda na primeira classe eu não me saia mal.
Não sabia o a e i o u,mas já tinha decorado o nosso grande Condestável.
Andando no recreio com voz bem repenicada os versos do nosso Santo a para todos proclamava.

Mas a professora dona Ilda da janela me escutava.
Chamava-me a sala de aulas,essa mais me castigava.
Pondome meu livro na frente,a lição me apontava.
Nem uma palavra eu sabia,com a régua me açoitava.


Tanta pancada me deu que o meu rabo já sangrava.
Mas nem passou uma hora e já dela me vingava.
Não perdeu pela demora pois ela ficou mais queimada.


Era inverno fazia frio ,mandou-me acender a braseira.
Eu toda contente alegre e traiçoeira.
Pois no bolso do bibe trazia,três castanhas para comer.
Mas no meio do carvão bem escondidas as fui meter.


Quando a carvão acendi e la fui toda brejeira,pois já tinha a minha vingança,
metidinha na braseira.
Fui pola toda contente debaixo da secretaria.
Depois com o abano o carvão ela abanava.


Mal ela sabia o que lhe ia acontecer enquanto o lume ardia as castanhas a crescer.
Estava toda consolada de pernas esquarnanhadas sobre o estrado da braseira.
Quando arrebentam as castanhas só se ouvia uma grande chinfrine ira.


Saltando i gritando ia sacudindo a saia e o saiote.!
Mostrando a cuecinha pois o lume estava forte.
Já cheirava a coura to e a pelos do bigote.
Assim eu me vinguei,pois enquanto o meu rabo doía o dela ardia.

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