
Minha vida vida, vida agreste,
por entre fragas ,e pinhais.
Vou passando os meus dias,
sempre duros e sempre iguais.
Seja por vales ou montes oiço o canto dos pardais.
Quem me dera ser moçoila!
Ter de novo a minha mocidade.
Subir a copa das árvores,
e de novo as minhas canções poder cantar.
Ser um lindo rouxinol ,
e não apenas um triste pardal.
Ter a beleza de outrora,
e a linda voz que eu tinha!
Talvez a voz da severa, não fosse melhor que a minha!
No conselho de Vinhais,
la nisso eu era a rainha.
Mas hoje com esta idade (65), poucas se igualam a minha.
Os meus vizinhos dizem por brincadeira.
Passas o dia a cantar!
O Amália cantadeira!
Mas eu calar não me calo,
cantado a minha maneira.
Mesmo sendo trasmonta-na sou fadista , verdadeira.
Sou amante do fado.
O fado e a minha canção.
Anda sempre comigo, vive no meu coração.
Eu sou uma amante do fado!
Mora sempre comigo,
O fado e a minha oração.
Lilia, é um prazer ter sua visita ao meus blog. Adoro suas histórias e seus poemas, e conhecer sobre sua vida e seus fados. Você nos faz rir e nos emociona!
ResponderEliminar