Na minha vida de saltimbanco,
dura e atribulada.
Ao sair da barriga da mãe saltei logo a chorar,
com uma grande nalgada.
Assaltava-me a fome então eu saltava a gritar.
E logo saltava para a teta,saltava ,saltava,
para mais uma mamada.
De ser saltimbanco,eu não me lembrava,
De ser saltimbanco,eu não me lembrava,
já crescidinha para a escola saltava.
Se não sabia a lição com a régua eu apanhava.
Então a Lilia de novo saltava.
Era saltimbanco,e saltava saltava.
Um pouco mais crescidinha,
já para o lameiro saltava,
uma boiada a Lilia guardava.
Alguns marravam,ai pobre de mim!
A parede eu saltava com muito medo para não ser escurnada.
Ai! Triste saltimbanco saltava,saltava.
Mais tarde um dia saltou o amor,
para o meu coração.
E ele saltou saltou de emoção.
Vieram cinco filhos então ai sim,
o saltimbanco saltava saltava sem fim.
Agora deixei de saltar virei a pierrot,
sozinha no meio da multidão.
Sou um pierrot triste a chorar de emoção.
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