O meu desafio,aquilo que sou.
- Lilia Da Conçeição Fernandes.
- Agrochão, tras -dos-montes, Portugal
- Pessoa muito alegre,apesar de vida dificil,social,rabugenta,mas boa pessoa,nascida a 30/05/1946,em Agrochão,Vinhais,permaneçendo em Agrocão ate a idade de 11 tendo emigrado posteriormente para Angola,onde vivi dezanove anos. Vivendo,dois anos em luanda um em nova lisboa e os restantes em benguela,tendo conhecido angola de les a les em passeio. Regressando no pos vinte cinco de abril a Portugal,indo viver em Belmonte,terra do meu marido,onde permaneci alguns anos sendo alguns filhos naturais de la. Regressei a minha terra,a quando o falecimento de meu pais,e por ca fiquei ate a atualidade,cultivando os meus pequenos quintais na minha terra adorada e por ca irei continuar ate que Deus queira,quem me quiser visitar a minha porta esta sempre aberta a todos. Espero que gostem dos meus poemas que retaratam a minha vida,tal qual ela aconteceu são as minhas lembranças para a posterioridade,um abraço a todos os que me aconpanham.
Traduzir.
Quais os poemas que agradam mais.
terça-feira, 23 de março de 2010
Viver na luz e no perdão.
Na luz e na caridade no perdão.
Na bondade na paz e no amor e que devemos viver com o homem nosso irmão.
As crianças dar miminhos dar amor muito carinho.
Dar-lhe o nosso coração,e com eles dar molhes também o pão.
Todo o ser que se dedica a fazer a caridade.
Falsidade não pode ter.
Tem que de se dar com prazer e esquecer a maldade.~
Não se aproveitar da pobreza para os seus irmãos humilhar.
Há muita instituição que por mera ilusão se julgam donos do mundo.
Essas não tem coração,os pobres não levam nada, os ricos esses sim!
E que levam tudo com carros de alta gama de bagageira abarrotada.
O pobre mais pobre fica pois na hora do peditório nas grandes superfícies.
Os caixotes vão enchendo os ricos vão recolhendo e la começa o interrogatorio.
Só lhe podemos dar se a família esta a passar as penas do purgatório.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Segredo.
No meu peito vai guardado junto do meu coração.
Um segredo que eu trago a sete chaves fechado.
Vai comigo para o caixão.
Depois de baixo da terra achado não vai ser não.
Nem ao confessor eu digo,na minha confissão.
Só eu e Deus o sabemos niguem mais o vai saber não.
Pois comigo esta guardado no centro do meu coração.
Nunca mais pensei a fechadura abrir,para o meu segredo não poder fugir.
Pois o meu amigo a muito morreu.
E agora o segredo ficou só meu.
Um dia terei de a Deus contar.
Mas tenho a certeza que me vai perdoar.
Por isso lhe peço para me ajudar.
Que o meu segredo eu não vá contar.
Não as ceifas.
Em prados formosos e campos maravilhosos.
Em pequenina brinquei,e depois mais crescidinha neles trabalhei.
Campos como esses eu não os encontrei.
Com seus olivais e grandes castanheiros,pomares e vinhedos.
E altos pinheiros terra de cultivo de tudo colhemos.
Se a nossa terra e tão boa que mais e que queremos.
Com nossas campinas de trigo alourado.
Quando chega o verão que lindo e ceifa-lo.
Homens e mulheres sempre sem descanso.
De foice na mão em Julho la vão ceifa-lo.
Com tão linda voz.
As suas canseiras são preces que sobem ao céu em oração.
De pois do almoço debaixo de uma árvore dormem a sesta para descansarem.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Vida madrasta....!
Cansada da vida por tanto lutar.
Eu só peço que por favor me deixem descansar.
Que mal eu fiz para tanta tortura,fizeram de mim um farrapo.
Que grande loucura!
Desde criança e só amargura,o meu caminho e só desventura.
Falta-me carinho falta me ternura para mim a vida e madrasta e dura.
E sem compaixão e para mim bastava-me um carinho e um pedaço de pão.
Para consolar o meu coração.
Trabalho muito mas pouco e para mim.
Pois o meu destino foi sempre assim!
O que me fere e me magoa e que nunca fui ma.
Nem vivi a toa sempre andei nos trilhos que anda a gente boa.
Sou crista de fé e ando na luz.
Também só de Maria e de jesus por isso não compreendo porque e tão grande a minha cruz.
Mas se mereço perdoa-me jesus guia meu caminho para a mansão da luz.
Amigos são inimigos.
Meus amigos vão dizendo que eu não bato bem da bola.
Estão muito enganados eles e que sofrem da tola.
E eu gozando com eles faço lhes calar a gola.
Julgando-se muito espertos tudo querem comandar.
Ao falarem da vida alheia e deles que estão a falar.
Não apontemos niguem sem primeiro para nos olhar.
E nossos defeitos apontar.
Não quereis mal a niguem nem apontem por ser mais esperta,e não me deixar enganar.
Quando ides com o tacho já eu estou a jantar.
Pois fazendo-me de burra já vos estou a enganar.
Que grande consolação ao vos ver todos contentes pensado que me fizeram num oito.
Já eu de vos fiz num oitenta!
Pensais que me tendes no papo, eu já voz comi a ementa.
E já voz pus a viola na caixa da ferramenta.
quarta-feira, 17 de março de 2010
O meu fado.
Queria cantar um fado que nunca niguem cantou.
Queria cantar o amor que o passado me levou.
Queria cantar a paz que alguém de mim tirou.
Queria cantar a caridade que nunca niguem me deu.
Queria cantar um fado um fado que fosse só meu.
Os desgostos desta vida.
São dores que vão ficando.
São lágrimas que os olhos choram e em minha face vão secando.
Fundas marcas no meu rosto vão essas lágrimas deixando.
Cansada já estou perdendo a minha alegria.
Meu coração declinado,vai morrendo dia a dia.
Eu só queria saber porque tão grande ironia!
Meu Pai.
Meu pai homem rude mas lavrador honrado.
Os dias ia passando agarrado ao seu arado de aguilhada na mão.
Os seus bois ia guiando.
I o campo era lavrado.
Quando a casa voltava com fome já cansado.
Dava pena velo assim de suor encharcado.
Mas ao se sentar a mesa ele já ia bem lavado.
Os cinco filhos mais a esposa na mesa com educação.
Antes de comer a ceia rezava-se uma oração.
Então todos nos sentando iamo-nos a refeição.
Todos saboreava-mos o nosso naco de pão.
Ao serão meu pai contava as tarefas que fez.
Amanha e um novo dia e la ia ele outra vez.
Mais uma terra lavrava e outra e mais outra semeava.
E a noite quando dormia com suas terras sonhava.
Angola.
Deitada na areia da praia morena.
Pensei então que era uma sereia era ao fim do dia dessa tarde amena.
Hoje ao recordar e grande a minha pena.
Não voltar a ver a minha praia morena.
Benguela querida vives no meu coração.
Embora não te veja não me esqueces não.
Vives comigo e não e ilusão.
Estas no meu peito junto ao meu coração.
De noite e de dia,em ti vivo a pensar.
Benguela a mais formosa,de angola a mais famosa.
Quem me dera la estar.
E em tuas lindas praias um bom mergulho dar.
Depois ir ver um bom filme no grande monumental.
Passear nas tuas avenidas de beleza sem igual.
Ir a senhora do popolo linda igreja sem rival.
Ao ir a missa ao domingo meu prazer era tamanho.
De ver as barbas branquinhas, do nosso padre António Belarmino Galhano.
Pois mais parecia o pai natal no meio do seu rebanho.
terça-feira, 16 de março de 2010
Sou transmontana.
Sou trasmonta-na sou de trás os montes.
Nado nos rios bebo nas fontes.
Saldo nos penedos dos altos montes.
pela serra acima me faço a vida.
Ser trasmonta-na que coisa tão querida.!
No outeiro mais alto faço uma casinha,talvez em sonhos.
Mas vai ser sempre minha.
E tão bonita a minha casinha.
Não a outra igual tão bonita e catita.
Depois desço ao vale no sopé da montanha.
No mundo não há beleza tamanha.
Deito-me na erva e fico a sonhar.
Na terra não existe paisagem igual.
Sou de trás os montes sou de Portugal.
Mesmo desprezada não lhe levo a mal.
Porque e nas montanhas que esta a beleza.
Tenho muito orgulho sou de trás os montes mas também sou portuguesa.
Lutar e vencer!
Sou lutadora,e não queria a minha luta perder.
Por isso eu agarro a minha vida e não me deixo morrer.
Amanha e um novo dia,que eu terei que vencer.
Toda a vida que vivi por entre vales e montes.
Bebi a agua fresquinha que nascia em lindas fontes.
De nascentes cristalinas mesmo no cimo dos montes.
Faço da campina parte sou uma flor que nasceu nela.
E na campina que vivo e não a coisa mais bela.
por isso quando morrer serei enterrada nela.
Sou camponesa sou do campo.
Disso tenho muito brio.
Que lindas cantigas canto sentada a beira do rio.
E comigo vão cantando as rolas ao desafio.
A preguiça.
Sem amor e sem carinho vou seguindo o meu caminho.
Sempre só e sem,como e triste o meu destino.
Depois de ter sido cinco vezes mãe.
Outras cinco vezes fui avô e hoje me sinto só.
Pois este e meu triste fado.
O homem que me enganou com promessas,
me levou e nunca quis foi trabalho.
Mas eu filhos criei boa educação lhes dei.
Fui mãe fui pai,fui amiga e grande medica e enfermeira.
Pois quando adormeciam eu la estava a sua cabeceira.
O pai metido na tasca não queria saber de nos.
Quando em nossas discuçoes,ele dizia levantando a voz!
Eu não quero saber ele para a tasca se ia meter.
E eu e meus filhos em casa a sofrer.
Ainda hoje ele e assim,e são os filhos que pagam para ele ir pro café.
Trabalho não quer!Vive a nossa custa,assim e que e viver assim não custa.
Já há muito anos que o pai lhe morreu.
Mas sua herança não recebeu, mas sobe vender o que era meu.
Mas a herança dele as irmãs entregou,mas aos filhos que eram seus sem nada deixou.
Homem de mau porte,quando a mãe lhe adoeceu.
Para ir de Bragança a Covilhã foi a filha mais velha que lhe pagou o transporte.
E a pobre da filha nem tinha poupança.
Dia triste.
Um dia tristonho sozinha sentada a lareira.
Pensei em mim e em tudo o que durante sessenta e três anos.
Tinha feito de bom e de mau.Triste conclusão nada!!!
Criei cinco filhos,e agora estou só..
Sentada a lareira reduzida a pó.
Mas para mim não peço caridade ne do.
Só peço um miminho de um beijinho um beijinho só.
Tenho cinco netos dois estão a meu lado.
Os outros três estão muito ocupados, não me ligam puto não querem saber.
Mesmo que eu lhes ligue não querem atender.
Mas mesmo assim eu não os esqueço.
Sabendo que o desprezo deles eu não o mereço.
Há-de vir o dia em que compreenderão que já são noite no meu coração.
Na minha partida ao chegar a hora.
Partirei sem magoa,por me ir embora.
Nesta vida já sofri demais agora só quero descanso dos pobres mortais.
sexta-feira, 12 de março de 2010
O futuro.
O que amanha me trará,de novo a minha vida,será dor, será amor,será tristeza ou alegria?
Ou talvez já não trará,para mim um novo dia.
Se hoje for o meu derradeiro,eu não me vou importar.
Pois desta vida estou farta que já pode terminar.
O meu corpo devo a terra e hora de pagar.
Só queria um pedido a Deus fazer!
Que eu abraça-se meus filhos mesmo antes de morrer.
Então eu fechava meus olhos e feliz iria adormecer.
A minha alma dava ao céu!
Para com os anjos morar.
E que na santa gloria,pudesse descansar.
Meu corpo dou a terra que e la o seu lugar.
Feliz por deixar na terra,minha sementa a germinar.
Partiria para o eterno para sempre descansar.
La na corte celeste pudesse eu glorias a Deus cantar,
Pai tirano.
O pai que renega o filho,mesmo antes de nascer.
Merecia ser enforcado e do mundo desaparecer.
Negando o seu próprio sangue,mais lhe valia morrer.
Pois no inferno já tem a sua alma a arder.
Triste mulher enganada com mil promessas de amor.
La vai sendo levada,em palavras bem malvadas.
E vira de botão a flor,triste rosa desfolhada e sem amor.
Ao fim de nove meses com o seu rebento nos braços.
Não sabe o que fazer pois aquele que a enganou,
para longe imigrou nem o seu filhinho quis ver.
Mal haja os homens malvados que se negam a obrigação.
Deus lhe dei-a por castigos lágrimas em vez de pão.
E que na hora da morte não lhes dei-a Deus perdão.
As lágrimas que a mãe chora para ao filho dar comida.
Que se transformem em pão,para sempre em pão de vida.
Deus abençoe a mulher que a terra trouxe a vida.
caridade.
A caridade e o elo,que nos liga a jesus.
Foi por caridade e amor que por nos deu sua vida na cruz.
Por isso nunca esqueçamos o que tão grande e jesus.
Por isso nunca deixeis de praticar a caridade.
E o caminho que leva o homem a eternidade.
E nosso pão nosso abraço da Santíssima Trindade.
Que o mundo todo a viva em paz amor e liberdade.
Braços abertos na cruz,mesmo nos últimos suspiros.
Deu-nos Maria por mãe,e a ela nos deu como filhos.
Por isso não esqueçamos as suas dores e martírios.
Com a sua cruz ao ombro,para o calvário subia.
Era grande a sua dor maior a sua agonia.
Coroa de espinhos sua cabeça lhe cingia.
Há quanto amor por nos,em seu coração trazia.
Por isso que todos sejam como foi o bom jesus.
Aja sempre em todos nos caridade paz amor e luz.
Todos juntos de mãos dadas sigamos juntos com jesus.
quinta-feira, 11 de março de 2010
Estrela do norte.
Aquela estrela sem norte,foi pousar no meu beiral.
Mais se parecia com um anjo com a sua luz divinal.
Será que era mesmo um anjo,o anjo de Portugal.
Queria chegar perto dela,mas tinha medo e tremia.
Que se eu chega-se perto,a minha estrela fugia.
Mandei-lhe um beijo e então,ela para mim sorria.
La ficou minha estrelinha toda a noite a brilhar.
Então eu sei que era Deus que me estava a acompanhar.
Mas não sei se era sonho ou se era mesmo verdade.
De manha quando acordei já a aurorara despontava.
Eu corri pro meu beiral e a minha estrela la estava.
Peguei nela com carinho,em minha cama fui dei tala.
Então ela deu-me um beijo e logo adormeceu.
Mas algum tempo depois se foi e voltou de novo para o céu.
Então eu fique mais triste,perdi algo que era meu.
Linda lembrança.
Vive no meu coração uma tão linda lembrança.
Que eu guardo com amor desde os tempos de criança.
Quando tocava trindades,nos sinos da minha aldeia.
Toda a gente recolhia chegava a hora da ceia.
Vinhão das lides dos campos que trabalhavam com amor.
Para comer o seu pão de lágrimas sangue e suor.
Mas era linda a minha terra,e não havia maldade.
Vivíamos como irmãos em grande comunidade.
Outros tempos são agora deu grande reviravolta.
subi-lhe o euro a cabeça,anda la o diabo a solta.
Meu canteiro.
São sete cravos,três rosas que plantei no meu jardim.
Tratei todos com carinho,mas eles fogem de mim.
Cada um no seu caminho.
Vão vivendo a sua vida,eu cá fico no meu canto.
Triste só e esquecida.
Mas se a tristeza chega,eu não a deixo entrar.
Invento uma cantiga e passo o dia a cantar.
O tristeza vai-te embora,que eu ainda tenho uma rosa,
e três cravos num raminho.
Que são a luz dos meus olhos e a luz do meu caminho.
Tenho um fora do raminho.
Foi para longe trabalhar,mas de vez em quando volta para ao ramo se juntar.
E com muita alegria uns miminhos nos vem dar.
Os outros me desprezaram por bons conselhos lhes dar.
Não os quiseram ouvir,hoje andam por ai a vaguear.
Solidão
Solidão de quem procura,um pouco de paz e amor.
Mas só encontra desventura,seja ela onde for.
Correndo o dia a procura,nunca os pude encontrar.
O amor foi para longe e a paz nem quero pensar.
Passo os dias só e triste,sem carinho de niguem,por mais,
que aja caridade a mim não ma da niguem.
Hoje ao escrever esta quadra com a alma amargurada,
uma lágrima caiu.
Então fechei os olhos para não formar um rio.
Talvez fosse bem melhor deixar o rio corre,e que leva-sse para longe todo este meu sofrer.
Para ver se conseguia muito mais feliz viver.
quarta-feira, 10 de março de 2010
A minha terra.
A minha terra e tão linda e não me digam que não!
Outra igual eu não vi minha aldeia e Agrochão.
Terra formosa e nobre e de grande valentia.
No concelho de vinhais outra igual não havia.
Seus campos eram jardins cheios de sol e alegria.
Com o senhor da piedade la no alto bem erguido.
Com os seus braços abertos tem o povo abençoado e protegido.
Mais abaixo junto ao rio,vive uma linda donzela.
E a senhora do areal,para mim não há outra igual.
E de todas a mais bela.
Tem dois museus e o lar da nossa terceira idade.
Tudo foi feito pelo povo,com carinho e amizade.
Mas hoje a la uma cambada que se julgam os patrões.
Afinal não valem nada,vivem a grande e a francesa e não passam de papões.
O meu rebanho.
O meu rebanho la vai,pelo monte em pastoreio vão comendo aqui e alem,com o seu pastor no meio.
Quadro mais lindo não há.
Ele e todo o meu ileio.
Cordeirinhos pequeninos vão chamando pela mãe,ela correndo para eles dar-lhes miminhos também.
Depois la vão todos juntos por esses montes alem.
Com os meus cães a meu lado o rebanho vai guardado,e os dias vão passando.
Sempre alegre e a cantar pelo monte a caminhar o meu rebanho vai pastando.
Não a vida mais bonita que viver na natureza.
Com o meu gado ao pé de mim,não pode haver maior riqueza.
E la nas altas serranias,que hesis-te a maior beleza.
Nos meus dias de pastora,sempre fui muito feliz.
Ganho o pão de cada dia e o que jesus me diz.
Sempre segui o seu concelho e ser pastor foi o que eu quis.
Primeiro e unico amor.
Tive um dia um grande amor,que perdi e nunca mais encontrei.
Ao partir para alem mar,ficou por mim a chorar.
E eu por ele também chorei.
Na hora da despedida ele jurou pela sua vida,que nunca me esqueceria.
Mas o destino nos separou,trocando-nos assim a nossa sina.
Cartinhas íamos escrevendo,nosso amor não esquecendo ate que um dia afinal,ele foi assentar praça,foi lutar por Portugal.
Foi para terras de Timor lutar com grande louvor.
E o tempo ia correndo,eu em angola rezando com fervor sem saber,que ia perdendo o meu primeiro e grande amor.
Quando um dia regressei,com outra ao lado encontrei e eu outro comigo trazia.
Meu coração disparou,e o dele louco ficou de dor ou de alegria.
Mas tudo tinha acabado nos os dois tínhamos família.
terça-feira, 9 de março de 2010
Fim de semana.
Mais um fim de semana dia seis de Março.
Mais um para esquecer pois a coisas que ate nos fazem tremer.
Se vale a pena lembrar não tenho a certeza.
Estas coisas são e dignas de pena.
Na minha aldeia já não a dignidade,não se respeita a morte de um pobre mortal.
O coro da minha aldeia e um burro total.
Mais lhe valia ir surrar no curral.
Com os salmos que cantam ate Deus se arrepia.
Parecem as bruxas a cantar na sacristia.
Os cães a uivar tem mais valentia,mas elas pensam que são boas!
Que grande mentira!
O nosso parco,teve que se ausentar,então no povo elas queriam mandar.
Vão fazer as leituras sem saber como se faz.
Que grande tristeza a na nossa igreja já não temos paz.
Dia sete domingo,vão as paspanhonas,todas impiriquitadas parecem matrafonas.
São primeiras damas de grandes carantonhas,que apenas não passam de damas sem vergonha.
Fazem asneiras de todo o tamanho.
Que parecem lobos no meio do rebanho.
Elas que metam no saco a viola,para ler epistola já lêem pistola.
Ser da minha terra.
A igreja da minha aldeia era a mais linda que havia,hoje quem passa por ela,já sente grande tristeza ao ver a sua agonia.
Antigamente se enchia de gente,para rezar e cantar com alegria,
Hoje só la entra a maldade,e as ratas de sacristia,são as suas secretarias e as suas companhias.
Com seus altares desnudados as mordomas que la tem,ate pensão que são alguém,em todos querem mandar.
Mas e igreja e de Deus e não lha podem roubar.
Quase já não tem niguem só dois ou três gatos pingados.
Que na hora da homilia,os seus cantares são miados de gatos,amarfanhados.
Que Deus nos traga de novo,senhor a tua paz,e esplendor.
E que Seia para todos caridade paz e amor,e aquelas grandes ratazanas vão para a rua tocar tambores.
Tive eu um dia.
Sou uma pomba sem asas,de coração a sangrar,pois levaram do meu ninho,dois pombinhos
que eu tive que criar.
Era uma rosa e um cravo,que eu criei com alegria.
Mas para lhe dar de comer muita vez eu não comia.
Quantos trabalhos passados quantas lágrimas chorei,mas comiam e vestiam comiam se fossem filhos de rei.No seu pequeno berço tantas vezes os embalei.
Sabendo que meus não eram,eu nem queria acreditar que depois de tantos anos essa ave de rapina de mim os vinha roubar.
Um dia fatídico tendo eu ido as compras para o jantar quando eu vinha rua a baixo,estava ela com eles a arrancar.
Nunca mais esquecerei,essa carrinha amarela,e o feio cigano que ao volante ia nela,ia ao lado minha filha aquela grande cadela.
Aquela grande cadela,que não respeitou neguem,nem irmãos nem pai nem mãe.
as lagimas que hoje choro caem por ela também.
Nove meses a trouxe no ventre essa mulher de mau coração,que passados já três anos não lhe posso dar perdão.
Hoje pensado que e rica desprezou toda a família,ate parece que traz um grande rei na barriga,pois se já e rica da família não precisa.
Que esteja certa porem que o rei pode ser aborto,porque Deus escreve certo mesmo pelo risco torto.
E Deus ade escrever e ela vai sofre tanbem,pois temos que respeitar nossos irmãos pai e mãe.
E a nossa família também.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Ter no colo uma criança.
Não a coisa mais terna que nos possa acariciar,que o amor de uma criança em nosso colo a brincar.
Com a candura de um anjo danos beijos e feliz quando se lembra de algo,ate nos puxa o nariz.
Malandreco o petiz,não se ensaia nem lhe custa mesmo nada,se nos apanha distraídos.ferra nos logo uma dentada.
Depois desata-se a rir bate palmas de contente pensa la para consigo.já lhe ferrei o dente,se não se põem a tabela já lho ferro novamente.
Mais um puxão de cabelos la se vai o penteado,e o petiz todo contente,por ser tão atraganado mete-nos um dedinho no olho e fica todo consolado.
Meu irmão meu heroi.
Era Dezembro perto do natal,e naquele tempo inverno fatal.
O rio fragoso,ia a transbordar eu apenas criança ia a atravessar,cai do pontão que dia fatal.
Aquela correnteza depressa me engoliu,sendo arrastada pelas águas do rio,não perdi o tino não perdi o norte,pois tinha um irmão,destemido e forte!!!
As águas do rio logo se lançou mas a corrente de suas mão me roubou,mas não desistindo de novo tentou,e sua tentativa de novo falhou,mas a terceira do rio me retirou.
Nas águas geladas todo ele tremia com elas lutou,delas me tirou,trazendo-me de novo a vida,agora foste tu que partiste,eu nada consegui fazer levei-te ao hospital e deixei-te morrer.
Contigo na sepultura,esta um pedaço do meu coração,agora rezando te peço ,que me perdoes querido irmão,que Deus te tenha la na gloria sobe a sua protecção,e de mim recebe um beijo,uma flor,uma oração.
Poema da minha vida
Esta e a minha verdadeira vida,mas e minha.
Nasci a trinta de maio de mil novecentos e quarenta e seis.
Por destino era o numero cinco de filhos que meus pais tiveram.
O mais venho morreu com quinze meses,o segundo viveu o terceiro morreu com quinze dias e o quarto viveu.
Depois cheguei eu triste conclusão,seria a minha vez de partir,mas cá fiquei para mal dos meus pecados.
Pois enquanto fui bebe não sei se fui bem vinda o não mas desde que comecei a compreender as coisas vi logo que era o patinho feio da família.
depois de terem morrido os meus ,outros dois irmãos eu passei a ser esquecida,nos cantos da casa,com a minha pouca idade passei a ser,a escrava de todos.
Os meus irmão mais velhos entraram para a escola ,e eu mais vezes descalça que calçada la tinha de ir trabalhar.
Mal chegava a madrugada ainda nada se via,la ia eu para o campo toda de medo tremia,a pensar nos lobos que naquele tempo havia.
Assim eram os meus tristes dias,tão pequena e tanta labuta e canseira,mas para mim não havia tristeza,pois tudo eu aprendia e cantava noite e dia.
Quantas vezes minha mãe gritava cala-me essa grafonola,que já não te posso ouvir nessa hora calava-me com medo de uma tareia levar.
Mas depressa me esquecia e la me punha a cantar.
Pois nada havia que me fizesse calar
terça-feira, 2 de março de 2010
A minha vida.
Eu queria ser um passaro,para voar no firmamento,.Ou então ser uma petala,levada pelo vento.Queria voar tão alto como o meu pensamento.
Queria ser um raminho de rosas de linda cor,que pudese perfumar o altar de nosso senhor.Tambem queria ser um anjo,para todos dar amor.
Fora eu um cavalinho,de clinas soltas ao vento,cavalgava para bem longe,mais longe que o pensamento.
Eu não voltava para traz,nem so por um momento.
Então se fosse uma fada,não haveria outra igual.so traria paz e bem para o meu Portugal.
Com minha varinha de condão,toda a gente tinha pão e muito amor no coração.
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