O meu desafio,aquilo que sou.

A minha foto
Agrochão, tras -dos-montes, Portugal
Pessoa muito alegre,apesar de vida dificil,social,rabugenta,mas boa pessoa,nascida a 30/05/1946,em Agrochão,Vinhais,permaneçendo em Agrocão ate a idade de 11 tendo emigrado posteriormente para Angola,onde vivi dezanove anos. Vivendo,dois anos em luanda um em nova lisboa e os restantes em benguela,tendo conhecido angola de les a les em passeio. Regressando no pos vinte cinco de abril a Portugal,indo viver em Belmonte,terra do meu marido,onde permaneci alguns anos sendo alguns filhos naturais de la. Regressei a minha terra,a quando o falecimento de meu pais,e por ca fiquei ate a atualidade,cultivando os meus pequenos quintais na minha terra adorada e por ca irei continuar ate que Deus queira,quem me quiser visitar a minha porta esta sempre aberta a todos. Espero que gostem dos meus poemas que retaratam a minha vida,tal qual ela aconteceu são as minhas lembranças para a posterioridade,um abraço a todos os que me aconpanham.

Traduzir.

Quais os poemas que agradam mais.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Dignidade de quem sofre.


O desdém,e fogo que nos consome.
Muitas vezes e a desgraça do bicho chamado homem.
De muitos e o sustento,e o pão que o rico come.
Porque quando vê um pobre dele se põem a desdenhar.
Mas o pobre por ser pobre,também tem a sua dignidade.





Há narizes empinados que dali só sai o desdém.
Mas eles e que precisavam ser desdenhados também.
Julgam-se donos do mundo mas não passam de zês niguem.
Que se vejam ao espelho,mas que se vejam bem.



O mundo e uma roda que não para de girar.
O ricos,tende cuidado!Que a vida pode mudar.
Não sabemos a partida que o amanha nos vai pregar.
Então olhamos para traz e vemos que,já e tarde.

Fadistas de Portugal,assim como eu..


Quando em pequena eu ia,para o campo trabalhar.
Ia sempre alegre e a cantar.
De alpragatas,espanholas de contrabandistas.
Com bibe de folhos parecia uma artista.
Mas o que eu mesmo queria ser, era fadista.


Do cabo da minha enxada fazia uma guitarra.
E pelo o caminho eu a dedilha-vá.
Então era assim que o meu fado cantava.
Ao toque dos pés e ao trinar do cabo da enxada.



Miúdo da bica que bem eu o sabia!
O destino marca a hora era todo harmonia.
Ate da severa eu já os sabia.
António Mourão que grande gola,fazia-me sonhar com o amanha.
Mas do António Calvário era a maior fá.


Tristão da silva e aquela janela virada para o mar.
Marceneiro com o não venhas tarde.
Mas Amália era os que eu mais sabia,e adorava cantar.
Mas outras tantas que não vou mencionar.
Que não as esqueço e as sei cantar.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Uma historia de arrepiar.


Bem agora vou-vos contar uma historia.
E muito engraçada e verdadeira,pois Agrochão foi de longe a maior produtora de castanha.
Era um mar de castanheiros,tão verdes e imponentes,que a sua beleza,era igual a dos nossos oceanos.
Mas também tinha as suas riquezas,nas grandes minas com vários,tipos de minérios.
Vindo gente de toda a parte e de todas as raças,ao chegar ao outono,as castanhas caiam com abundançia.
Dos grandes castanheiros,então as noitinha,os mineiros depois de mais um dia de trabalho,aproveitavam o esqurinho,para ir a socapa,roubar algumas castanhas nos castanheiros que ficavam no seu caminho,para dar de comer aos filhos,pois muita família,dizia que a castanha era o pão do menino.
E como a fome abundava nesses tempos,tudo valia para matar a malvada da fome.
E encher a barriga.
Certo dia dois mineiros,coitados vendo aos filhos chorar com a fome la foram,de saco,escondido debaixo do braço para enche lo dos belos frutos.
Mas quando um ia já o outro mineiro vinha,mas como tinham de passar por um carreiro junto ao cemitério do povoado,o que ficava um pouco medonho!
Mas quando um mineiro ouviu os passos do outro entraram em pânico.
O que já vinha com o saco cheio teve tanto medo,que o deixou cair ao chão.
Mas vendo que o outro se baixa-vá fingindo que estava,a arrear a calça,acalmou-se um pouco e pedindo ao outro,com a voz meia tremula.
-Amigo,quando se despachar,pode fazer o favor de me ajudar.
A por este saco as costas que eu sozinho já não posso.
Logo o outro respondeu todo lampeiro!
-O meu amigo eu bem te ajudava,mas olha que eu e que não posso.
-Pois morri de diarreia!
Mal o pobre do mineiro ouviu estas palavras,desata a correr saltando paredes e silvados.
Só parou em casa com a porta trancada.
Então o outro mineiro muito feliz,pega no sacos das castanhas todo contente.
Dizendo!Estas já cá cantam,e não me deram trabalho e nem me piquei para as apanhar.
E só assar e enfardar para encher a blusa.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vivendo a recordar.


Recordar e viver e o que o povo diz.
Mas as minhas recordações não me deixam ser feliz.
Quero esqueçelas não posso e o que o meu coração diz.
Eu queria ir para longe deixar cá as minhas lembranças.
Queria dar a minha vida outro rumo.
Que fosse de esperança.


Recordar os que nos deixaram.
E os que nos abandonaram,sem de nos se despedir.
São recordações fatais,são amarguras de mais.
Já não sabemos sorrir.
Tristes dias sempre iguais.



Há muitas recordações que nossos pais nos deixaram.
São preces são orações que a na nossa alma se gravaram.
Daquele amigo que se foi e nunca mais regressou.
Foi outra recordação que na vida nos marcou.



Quando nos pomos a recordar.
Os dias que já vivemos.
Então nos vem a memoria,as mas e as coisas boas,que fizemos.
Chegamos a conclusão que a nossa recordação não vale o que nos valemos.

Ver partir um amigo.


Com tristeza,vimos partir um grande amigo,do coração.
Pois chegou e entrou nas nossas vidas se instalou.
Ao sair das nossas vidas tanta tristeza ficou.
Foi um elo de ternura que em nossa vida,se quebrou.



Eras muito transparente,alegre,e um pouco teimoso.
Mas eu sei a razão
Eras um pouco eras um pouco carente.
Mas quando de nos te separas-te fizes-te chorar toda a gente.




Cativas-te os idosos as crianças deste amor.
Ao jovens ensinaste os costumes de valor.
Foste para o pobre e para o rico.
O nosso grande pastor.



Seja la onde tu te encontres,que Deus esteja contigo.
Pois para nos serás sempre o nosso querido e bom amigo.
Não te esqueças da gente,reza por nos a Jesus.
Para que em nosso caminho,nunca perca-mos a fé,e que aja sempre,amor e luz.



E que na tua missão sejas bom missionário.
Que para todos seja,pão as contas do teu rossario.
Que as bençoes,venham dos céus,e que sobre ti caiam.
E que te fiquem,no coração e que nunca mais de la saiam.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Encruzinhadas das vida.


Os caminhos que percorremos desde o berço ate a morte.
Podem ser de felicidade ou podem ser de ma sorte.
Podem levar-nos aos céus ou conduzir nos a morte.
Quem manda e a nossa estrela.
Se e boa ou ma a nossa sorte.



Há na vida certa gente que nem devia ter nascido.
Se nasceu para sofrer,melhor era ao mundo não ter vindo.
Estou falando de mim,pelo o que tenho sofrido.
Não e apenas lamentos,não sou de me lamentar.
E esta grande tristeza que me esta a sufocar.





Desde muito pequena eu vi que era diferente.
Só não percebi que o meu jeitinho de ser.
Despertava inveja em muita gente.
Despreocupada,e alegre,eu gostava de cantar.
E assim sempre cantando,levava a vida a trabalhar.

Aqueles que partem.


Loucura,ou desespero, ou talvez dor ou solidão.
O porque desta amargura que vive no meu coração.
Há juventude que passa,e atraz não volta não.
E o beijo daqueles que chegam,e o adeus daqueles que se vão.




Quem chega traz alegria muito amor muita paixão.
Mas ao partir só nos deixam lágrimas dor tristeza e solidão.
Os que partem para voltar esses talvez voltarão.
Mas os que partem para sempre esses nunca mais virão.



Então as nossas almas mais tristes ficaram.
E os nossos olhos mais lágrimas chorarão.
Tanto pelos que pensam no regresso.
Ou os que nunca mais voltarão.
E assim no nosso peito mais tristezas viveram.



A nossa vida se torna uma loucura sem fim.
Contando os dias e meses,la vamos vivendo assim.
Só a tristeza e a amargura,que eu trago dentro de mim.
Dos meus olhos vão caindo muitas lágrimas sem fim.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Meu Jesus meu amigo.


Meu jesus meu grande amigo.
Se estas zangado comigo por algo que eu te fiz.
Eu te peço perdão do fundo do coração.
Vem fazer as pazes comigo.
Vem dar-me a tua mão.



Vem guiar-me no meu caminho.
Eu não quero estar sozinho,porque só não sou ninguém.
Estou feito num farrapo pois já sou um velho trapo.
Só para ti meu jesus eu só alguém.


Meu coração não aguenta tanta dor tanta agonia.
Por isso o meu jesus.
Eu carrego a minha cruz.
Com um pouco de alegria,eu te peço o meu jesus.
Que eu seja como Maria.

Neste vai e vem da vida.


No vaie vem da minha vida.
Por vezes andei perdida mesmo sem rumo e sem norte.
Minha estrela se apagou e as escuras me deixou.
O que triste a minha sorte.




Não me deixo abater e continuo a viver.
Sempre de cabeça erguida.
Pobre sim mas louca não,e nunca deixo niguem.
Meter-se na minha vida.




Sempre a rir e a cantar para o choro disfarçar.
E enganar a minha dor.
Pois quando ela chega digo logo.
O minha dor vai-te embora que aqui só entra o amor.
Então eu faço da vida um alegre jardim em flor.



O meu coração e grande,para todos tem amor.
Quero que seja para sempre criança no paraíso terrestre.
Será sempre uma flor.
Para ao pobre e ao rico dar alegria paz e luz.
E as crianças dar amor.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Um grande amor nunca se esqueçe.


Amar,amei chorar chorei,sofrer sofri.
Mas nunca te esqueci.
Longe ou perto,estavas sempre comigo.~
E eu estava sempre contigo.
Meu primeiro amor amante amigo.
Dentro do meu coração estas sempre vivo.



Os meus olhos dizem o que vai na minha alma.
Pois quando fintam os teus,deixam correr toda a magoa.
Que me vai dentro do meu peito.
Passei anos e mais anos com o meu coração desfeito.



Mas um dia,há-de vir em que tudo terá fim.
E o teu amor já muito velhinho vira de novo para mim.
Pois nas estrelas esta escrito.
Que o nosso amor não terá fim.
Andamos desencontrados mas voltara para mim.



Talvez já velhinhos mas os dois muito juntinhos.
Iremos pelos caminhos que em criança percorremos.
De mãos dadas e já trémulos,bem juntinhos recordaremos.
As nossas lindas esperanças.
E seremos de novo namorados e crianças.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Neste mundo louco.


Neste mundo de loucura.
Quero ser louca também,se algum louco me chateia.
Eu não me fico e sei chatear também.
E não me levam a certa e pago-lhe logo bem.



Mas se o louco e alegre inspirando simpatia.
Então a nossa loucura e um mundo de alegria.
Passamos nosso tempo alegre e rimo nos todo o dia.
E assim vamos passando a vida com alegria.


Há loucos na assembleia,que não sabem do que estão a falar.
O pais esta a ir ao fundo e eles só sabem ladrar.
Mais parecem uma alcateia de lobos a uivar.
Seriam bem menos loucos se fossem trabalhar.



A loucos nos municípios esses teem maior loucura.
Quando assinam projectos por fora da prefeitura.
Levam na mão ou no bolso o tecto e deixam-nos sem cobertura.
E eles eriqueçendo,o que grande loucura.


Nas juntas de freguesias nessas nem a que dizer.
A sua loucura e tanta nem sabem o que fazer.
Com tanto louco a solta o que havemos de fazer.
Nos e que pagamos as suas loucuras.
Que também já estamos a elouqueçer.

O minha gente vamos a eles!


O gente que sofreis na carne a vossa dor.
Levantai as vossas cabeças, e erguei a vossa voz.
Parem de nos roubar,e deen-nos amor.
Pois nos trabalhamos para comer o nosso pão.
Ao governo batamos o pé.
E lhe dizemos não sejas ladrão.



O coelhinho não te vás juntar.
A quem tanta maldade nos esta a pregar.
A não ser que seja para de uma cajadada.
Dois coelhos matar.
Mas se não fores capaz chama por mim que eu vo te ajudar.



Ao leirão branco das finanças,não deias atenção.
Que para coelhos e um lambão.
Põe-te a tabela e não lhe estiques a trela.
Que ele e papão come coelhinhos mesmo sem pão.



Socas e leirões brancos não desejamos,por-lhe mais os olhos.
E dar-lhe com um pau e deita-los aos corvos.
Que sejam comidos ate a carcaça.
E que dos dois acabe para sempre a raça.
Se não estamos mal eles já fode*****am bem Portugal.


Aja em Portugal,homens de tomates,e grandes heróis.
Ponham esses trastes em maus lençóis.
O povo esta pobre,já não pode mais.
Já passa fome para eles irem passear.
Mas meus grandes trastes o povo português já se esta a fartar.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mais um dia que me chama.


Que linda aurora aquela que eu vejo ao acordar.
Da janela do meu quarto,que lindo e o meu despertar.
De coração palpitante mais parece que estou a sonhar.



Antes do nascer do sol.
Eu salto de arrebola,deixo a cama onde dormi.
Pois o dia já me chama.
Esta alma não reclama.
Espreguiça-se e sorri.!



E hora de ir trabanhar toma o café e põe-te a andar.
Não te ponhas a ingonhar.
Tens que ir regar,e cavar, as batatas,as cebolas e os feijões.
Tens de encher a casa e a barriga aos pitos e aos leitoes.



Correndo de la para cá,la vai a Lilia apressada.
Rega uma horta cava outra,as cebolas e a salada.
E ao voltar para casa.
Como uma burra la venho carregada.
Enxada regador comida para os pitos.
Na carga não falta nada.


Depois e lavar a loiça que sujamos ao mata bicho.
E por o almoço a andar já penso nisso.
E la se vai a manha,e na hora de almoço e uma festa.
Porque depois de comer deito-me a dormir a sesta.
Assim e a minha vida igual a tudo aquilo que e tarefa.

Meu rio fragoso.


Meu rio fragoso,de encantos tamanhos.
Águas cristalinas já eu la tomei uns bons banhos.
No meio dos arburedos,por entre montanhas.
Tão graciosas altas e imponentes.
São os eleitos da nossa gente.



De águas cristalinas sempre cantando.
Tuas belas curvas de encantos tamanhos.
És rio fragoso,o nome te diz.
Nasceste entre fragas,nas altas montanhas.
Por isso és feliz.


La vais correndo sempre aos saltinhos.
Dando de beber aos animaizinhos.
Que nas tuas águas se vem refrescar.
E nas tuas margens poder descansar.
Ate nos arburedos os passarinhos fazem os seus ninhos.
E nas tuas águas há lindos peixinhos.


Por ali a baixo serpenteando vais.
Juntar-te ao tuela só para ires namorar a linda Mirandela.
Mas tem cuidado tu és fragoso e ela uma linda donzela.
Mas na beleza és igual a ela.
Que lindo quadro rio fragoso e Mirandela.


Mas vê la bem que antes de la chegar.
Tens as Arcas,e a Torre De Dona Chama.
Vê la que também são muito belas.
Se te fazem a cama não chegas a Mirandela.
E ficas deitadinho na caminha de uma delas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A pequenina e bem feitinha.


Pequenina, e bem feitinha eu era uma bonequinha.
Era ladina e fofinha era uma linda criancinha.
Um pouco malandreca teimosa e muito esperta.


O mundo era só meu.
Isso pensava eu!
Mas depressa compreendi que não era bem assim.
Os mundos eram diferentes,o que eu sonhava era lindo.
Só havia,flores paz e amor.
Mas no outro só havia.
Tristeza fome e agonia.
Era o mundo de outra gente.




Os pobres la no cantinho muito triste e enconhidinho.
Parecia um aleijadinho.
Mas o rico engravatado,todo ele aperladado.
Rufia e refilão se visse um pobre a morrer.
Não lhe estendia a mão.



Ainda hoje me doí,pois para mim sempre assim foi.
Não havia distinção.
Gostava de toda a gente,fosse rico fosse pobre.
Para mim era indiferente.
Não fazia distinção eu amava toda a gente.



Ainda hoje conservo a mesma opinião.
Se e preto e meu amigo,se e cigano e meu irmão.
Para toda a malta sorrio,Seja da china ou do Japão.
Ou de qualquer pais do mundo,pois todos somos irmãos.

Razão do ser.


Todo o ser tem a razão do seu ser.
Por mais pequeno que Seja tem o direito a viver.
Cada qual seja o que for tem o seu lugar e missão.
Todos eles tem o seu trabalho,e para comer o seu pão.
Desde que nasce ate que morre.
Caminhando sempre vão.




Ate os mais pequeninos da gente ou dos animais.
Tem o destino traçado e dele não saem mais.
Na lei da sobrevivençia todos temos que lutar.
O mais fraco vai morrendo o mais forte vai ganhar.



Todos temos um caminho que devemos percorrer.
Mas no fim do caminhar todos temos que morrer.
Viemos a este mundo para trabalhar comer viver e sofrer.
Por isso marchar em frente que já esta a anoitecer.




Com trabalho e canseira e um pouco de brincadeira.
Leva-se melhor a vida.
Cantando rindo dançando,sempre cheios de alegria.
La vamos nos caminhado, ate que chegue o nosso dia.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Meu coração e uma pomba.


Meu coração e uma pomba que não para de voar.
Voa alto voa longe niguem o pode parar.
Nem o mais hábil caçador.
Lhe consegue acertar.
Pois o meu coração e livre e não o vão conseguir acorrentar.



E cigano sem paragem,anda sempre a saltitar.
Ama os ricos e os pobres,e ama o sol e o luar.
Faz parte da natureza nela vive a palpitar.
Saltitante e irrequieto niguem o faz parar.
Por isso eu não me zango e la vou traz dele a cantar.



Minhas canções são de amor.
Para não zangar o meu coração.
Quero que ele seja feliz e nunca me de um não.
Deixo anda lo a deriva,saltita o que quiseres.
Se bem louco coração mas não vaz tu perder.
Em alguma confusão.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Chegar ou partir.


Chegar partir,chorar sorrir.
Os que ficam e os que vão,as lágrimas caindo são preces do coração.
Delas todas já passei,foram lágrimas foram dores.
Que para recordação guardei.


A maior dor foi ao partir minha mãe.
Essa e das maiores dores ver partir o nosso maior bem.
Outra igual já passei,ao ver partir o meu pai.
Com eles e mais um pouco do nosso ser que se vai.


Mas foi grande o meu tormento quando partiu meu irmão.
A maior parte de mim foi com ele no caixão.
Foste um herói destemido,quando da morte me salvas-te.
E com tanto heroísmo daquele rio me tiraste.



Muitos amigos partiram não os voltarei a ver.
Mas no meu coração eu nunca os vou esquecer.
As vezes ao recordar há uma lágrima que cai.
São as tristezas da vida do tempo que já la vai.



Eu queria ser um anjo.
Para no céu os ir visitar hoje quando a saudade chega.
E a porta nos vem bater,mais uma lágrima cai.
Mesmo sem eu a querer.
Mas a vida e assim o que lhe havemos de fazer.

O que as raparigas da minha terra não sabem.

O que as raparigas da minha terra não sabem.
Não e tecer nem fiar,elas apenas não sabem.
Que as estão a enganar.
Simples e sem maldade,talvez um pouco de vaidade.
Não sabem que são gozadas.
Essas raposas velhas querem tudo para elas,
e as raparigas não levam nada.



Foram tão iludidas pelas raposas manhosas.
Que iam sair nos jornais e todas convencidas.
Vestidinhas a rigor,pareciam lindas velhinhas.
Que já não se vêem mais,mas apenas as ranhosas raposas e que vieram nos jornais.



Esta e a associação que temos em agro chão.
Que ate nos faz pasmar,ja se fez tanto dinheiro e niguem sabe onde foi parar.
Era para um pavilhão e para as fardas do grupo etnográfico.
Fugi-nos o pavilhão,e as fardas perderam-se no trafico.


Tantos contos que fizemos,mas o rasto lhe perdemos.
Não sabemos para onde foi.
Virou de escudo a euro,e la se foi pro inferno.
E o diabo o comeu.
A pobre da associação não viu um tostão.
La foi para o diabo comeu esse papão.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Mulheres de ma lingua.


As mulheres de ma língua sentadinhas ao soalheiro.
Falam da vida alheia,e elas tem a casa mais suja do que um palheiro.
Falando da vida dos outros passam o dia inteiro.



Que grandes bisbilhoteiras,em tudo metem o nariz.
Uma mata outra esfola,nenhuma sabe o que diz.
Uma e magistrada outra e doutora,outra advogada.
E a mais ranhosa e juiz.


Depois chegam as testemunhas vindas de cimo do povo.
Vem de dentes arreganhados,como uma alcateia de lobos.
Dizem que viram o que não viram e que firmeza que tem.
Que juram de pezinhos juntos.
E ate pela alminha da mãe.



Que as pobres mães no túmulo.
Ate arranham o caixão.
Meu Deus tirai as línguas as malvadas que só dizem palavrão.
Para se poder viver nesta aldeia que e Agrochão.

Adel,rey de Portugal.


Nossos queridos autarcas,não me sejam tão panacas.
Vejam la se tem quilh****de gays.
Já foi no tempo passado que eram homens de tendões.
Ate descobriram o Brasil de remos e de bastões.
Esses sim e que eram homens de corações.



De hoje em dia a cerveja.
Já lhes tirou toda a tusa.
Ate no lugar da camisa alguns já usam blusa.
E por debaixo das calças em vez de ceroulas.
Trazeis fio dental.
E tudo isto já e típico nos autarcas do nosso querido Portugal.




Meu povo vamos por fim a esta pouca vergonha.
Vamos por na assembleia e ate nas autarquias.
Quem não gosta de cerveja.
E que traga debaixo dos boxers.
A bandeira da valentia.
Que venham tirar Portugal desta tremenda agonia.



O gente de Portugal honremos a nossa bandeira.
E aos senhores do poleiro dize-mos acabem com a brincadeira.
Estamos fartos de pagar e parar não a maneira.
Mas se as mulheres se fartam viram de alsbarrota padeira!!!
Ou a Maria da fonte!Ou mesmo ate a peixeira.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Portugal a afundando.


Ao longo da minha vida já de tudo vi.
Mas hoje fiquei parva ao olhar para ti.
Foi no comunicado da televisão.
Triste cavacada,que grande vilão.
Não passas de um falsário que grande aldrabão.



Tocar cavaquinho tem o seu que.
Mas la arranhar cavaco sabe voçe.
A mim não me engana,o seu tocar.
Mas o meu voto,não vais levar.
Porque o cavaquinho não sabes tocar.



Tanto tempo,calado há ver nos afundar.
Pois o te cavaquinho,não soube-te tocar.
Agora que foi ao fundo vais quere-lo içar.
Mas Portugal não sabe mergulhar e o teu cavaquinho vais afundar.
Todos estamos fartos a tua musica já nos esta a enfadar.




Danos para a mesa,arroz batatas,salada e feijões.
Não queremos tgv,nem mais aviões.
O povo passa fome e o que ganha para comida vai para os papoês.
Mente-nos a mão no bolso e nos e que somos ladroes.
Mas nos sabemos tocar e meter o cavaquinho dentro dos seus tons.



Agora com as cordas apertadas começas a tocar.
Mas olha que o povo já te esta a topar.
Os partidos já estamos a perder os sentido.
Vela se demites o governo pois já esta perdido.
Queremos um governo que Portugal governe bem.
E os que la estão que vão governar,para a casa da mãe.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Portugal jardim a beira mar.


Belas são as rosas, deste roseiral.
Chamado jardim que e Portugal.
Entre a Espanha e o mar não a outro igual.
Vamos todos de mãos dadas tratar o nosso jardim.
Não deixar morrer nossa pátria,fanal.



Não queremos guerra não queremos não.
Vamos plantar rosas e semear pão.
Nas nossas serras plantar arburedos.
E dos nossos rios fazer-mos ileios.
Que nossos animais tenham seus filhinhos.
Em altos penedos.



Que os nossos homens sejam de novo heróis.
E que todo o pobre tenha cama com lençóis.
Que toda a criança tenha o seu tempo de crescer.
Que seja feliz e possa viver.
Em paz e amor que vá a escola e possa aprender.


Que os nossos idosos,sejam bem tratados.
Pois todos já foram,senhores honrados.
Tanto o operário como o escriturario.
Que a juventude Seia respeitada.
Se não o amanha não vai valer nada.




Portugal das quinas esse teu brasão.
E o orgulho da nossa nação.
Tua valentia não a outra igual.
Podes ser pequeno mas não tens rival.
No mundo não a quem te igual.
Pois eu grito .Avante avante gente do meu Portugal.

Procurando um rico.


Tic tac tac tic.
E assim o meu coração bate forte bate louco sem saber porque razão.
Olha la tu grande louco.
Se te acalmas ou não.
Eu já estou a ficar farta de te aturar coração.




Eu queria que me dissesse.
Porque andas tão aflito.
Vela bem por quem tu bates se e feio ou bonito.
Mas toma muito cuidado vela bem se e pobre ou rico.
Para pobre chego eu ou se e pobre mais pobre ainda fico.



De barriguinha vazia não vale a pena amar.
Pois uma cabana eu já tenho.
Aonde posso morar.
Agora só quero um rico que tenha carro de gama.
Chalé com jardim piscina e muita grana.
Que me de jóias e boas roupas,que faça de mim uma dama.


Pois de pobreza já basta,eu vo mandala para o diabo.
Eu vo namorar um rico nem que seija um grande nabo.
Se tiver muito eurinho€ no banco bem guardadinho.
Eu cá depressa o agarro.



Eu cá não estou a brincar.
Estou falando muito a serio quanto mais tolinho.
Mais depressa vai parar ao inferno.
Que me deixe cá a herança,que eu com ela me governo.
Depois de tanta pobreza,há!há!euros e o que eu mais quero.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Recordando.


Hoje pensando em ti recordei,com carinho e meiguice.
Os tempos tão belos da minha meninice.
Muito alegre e despreocupada.
Eram assim os meus dias nada me preocupava.



Com grande singeleza os dias iam passando.
Para mim não havia tristezas nem dores.
Tudo para mim era beleza e amores.
Não existia maldade nem ódios.
Apenas só o perfume das flores.



Saia de manhãzinha mal a aurora despontava.
Por esses caminhos fora.
Sonolenta eu caminhava.
De enxada as costas para o campo la seguia.
Era la que trabalhava.




Era rude e dura a vida.
Mas dela niguem se queixava.
Pois todo o nosso sustento saia da nossa enxada.
Mas no fim do verão nossas tulhas ficavam abarrotadas.



Já não e assim agora.
Todos se queixam sem razão.
Se trabalha-sem a terra todos comíamos pão.
Trabalhar já niguem quer não querem calos nas mãos.

Se Jesus aqui volta-se.


Se jesus aqui voltasse,de novo em homem transformado.
E que viesse para livrar o mundo do pecado.
Eu creio que desta vez na cruz não era pregado.
Pois os ateus da nova era outra sentença lhe davam.




A dois mil e dez anos diziam que os homens eram bárbaros.
Mas no século em que estamos só a ladroes e tarados.
Qual seria a horrível sentença que ao bom jesus lhe davam.
Mas ao que são de maus seria ainda mais horrível que ser crucificado.



Por isso meu bom jesus te peço por favor .
Não desças cá a terra manda-nos só o teu amor.
Para que os homem tenham do planeta compaixão e não façam tantos estragos.
E que trasformen as armas em paz,e as crianças dêem amor carinho e pão.



Aos idosos deste século que vivem encaixotados.
Em coisas chamadas lar.
Livrais senhor de tanta maldade.
Dai a esses depósitos empregados que tenham respeito e ternura.
Pois ao se chegar a idoso só se quer mimo e doçura.




Mas os fonçionarios dos centros só querem euros aos centos.
O trabalho vai-te embora.
São velhos não valem nada, já podiam vir a morte e leva los daqui para fora.
Os senhores que mandam que saibam mandar.
E ponham la gente que saiba trabalhar.
Pois isto de padrinhos tem que acabar.
Porque o povo já se esta a chatear,as injustiças tem que acabar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

De inverno e verão.


Estamos no inverno a chuva cai sem parar.
E bom ou vila cair são bênçãos do alto.
Mas o telhado da minha casa,e tão velhinho,
que por todo o lado já cai um pinguinho.



De esfregona na mão passo o dia inteiro.
Para um telhado novo não tenho dinheiro.
Já pedi ajuda la na nossa câmara,mas eles responderam me.
Vai dormir no palheiro,se te chove na cama.



Então eu mais triste continuo a limpar.
As lágrimas dos olhos e a agua,que o telhado deixa passar.
Não sei a te quando isto vai durar!
Talvez que um dia de mim Deus se vá lembrar.


Trabalho muito e já sou velhota.
Para comer eu tenho na horta.
Não tenho reforma nem reençenção.
Para comer trabalho o meu pão.
E o meu trabalho vai dando ou não.
Pois nada mais tenho e ajuda não dão.


Vou passando os dias ,nesta trabalheira.
Nos dias de sol e a enxada cavando a terra muito bem cavada.
Que sina a minha que faz gritar,o meu coração.
Porra,já basta!de inverno a esfregona e a enxada de verão.

As minhas queridas socas.


O meu querido, soquinhas,compra umas iguais as minhas.
E das que tenham bruxinhas!
Para quando fores passear,de socas a tic tar.
Para que toda a gente saiba que el gay vai a passar.


Calça la as socas,para o povo se acautelar.
Ao ouvir o tic tar das tuas lindas soquinhas.
E as poupanças guardar não as vás tu querer levar
Para ao chinês ires comprar umas cuecas de rendilhas.



Nosso euro€ já e pouco e tu estas a meter-nos no bolso a mão.
Calça as socas o soquinhas para nos ficar-mos de prevenção.
Pois se nos levas o euro também nos comes o pão.
Calça as socas calça as socas e não sejas tão lambão.




Todo o mundo já esta farto,das mentiras que nos andas a pregar.
Vela se tomas juízo,ou se nos estas a gozar.
Se o povo se revolta aonde iras tu parar!
Baixa nos la os impostos ou as cuecas vais borrar.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

A politica,da minha terra.


Na minha terra já estamos bem governados,temos uma junta,
que nos canta uns fados.
Se presizamos de um caminho arranjado.
A sempre quem diz,não és da minha cor já estas tramado.





A dama primeira essa e de língua valente,sobem-nhe os macacos ao tecto.
Leva toda a gente,e mal criada intriguista e ma.
Outra como ela na minha terra não há.
Só a mãe dela e que ainda e mais ma.



O trio da prefeitura são bem iguazinhos.
Todos eles se metem la nos seus copinhos.
Com um grão na asa nem nos valem os nossos santinhos.
Vai tudo num rol que ficamos sem guia e sem farol.


Se alguém não se cal e lhe levanta a voz estamos lixados.
Saltam contra nos!
Mas eu não tenho medo e não me vou calar.
Tudo o que esta torto tem que endireitar.
Eu só me calo se alguém me matar.



Vontade não lhes falta mas eu sou de tomates.
Ataco primeiro antes que me ataques.
Digo a verdade sem medo ter porque a mentira não sei esconder.
Que governem pro povo que não se andem a esconder.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Querida Ana Maria.


A minha amiga Ana Maria estas palavras vo dedicar.
Eu quero que te portes bem mas tabem quero que te portes mal.
Porque não se faz um menino sendo-se muito santinho!
Por isso minha querida para a frente e que e o caminho.



Sabes para portar bem já chego eu.
Já estou velhota hohohohoho!Valha-me Deus.
Porque se ainda tivesse a tua idade,todos os dias me portava mal.
Mas agora só me resta pegar no terçinho,e rezar o terço ate pelo caminho.


Amiga querida,aproveita a vida.
Enquanto se pode,porque sem dar por nada chega-se a velhice.
E la vem a da foice e a gente morre.
Nada volta para traz e tudo se f****de.!



Daqui vai um beijão para a minha grande amiga.
Por isso te peço goza bem a vida.
Também para o maridão e para a tua filha vai o meu beijinho.
Vai em frente e porta-te um bocadinho mal e goza bem a vida.

Pedofilia.


Aqui a dias,as nossas televisões deram uma noticia de grandes dimensões!
Mas o que grande injustiça que triste desilusão.
Hoje os pedófilos tem o mundo na mão.
Porque as penas que lhe aplicam que pequenas que são.
Pois para qualquer pedófilo,não pode haver perdão.


A um pedofilio o veredicto devia ser dado,lixas-te a vida de uma criança.
Devias ser capado!
Para não voltares a fazer tamanho pecado.
As nossas crianças,tem que ser respeitadas.



Se esses senhor são doentes que vão para o manicómio.
Porque la e a onde se tratam os cornos.
E se a doença, parece não ter cura entreguem-nos ao povo.
Que a doença não dura.



Há nossa justiça eu só faço um pedido.
Do fundo do coração,que para um pedofilio não haja perdão.
Que a pena a dar-lhe Seja a castração.
Que numa criança não mais ponha a mão.


O povo português,pede justiça seja o pedófilo qual for!
Seja pobre,ou rico ou mesmo doutor.
Seja ele ministro ou deputado seja la o que for.
O veredicto do povo e que seja capado.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A assembeleia dos tarolos.


Céu azul sol resplandeçente,uma leve brisa batendo no rosto da gente.
Na nossa vida de alma contente sonha-mos que não a tristeza.
Que o mundo e diferente será que e verdade ou ilusão somente?



Seria bom que assim fosse mas não e verdade.
Os nossos governantes só tem vaidade.
Seja no governo seja na assembleia.
Não a maneira de acabar com a lixeira.



Se não falassem tanto,e aregassacem as mangas,o nosso povo não andava de tangas.
De palavreado já estamos fartos,com o nosso dinheiro e que compram os fatos.



Vão para o estrangeiro as ferias passar.
Com o zé povinho cheio de fome que tem que trabalhar.
Para dar aos ministros e os impostos pagar.
E tabem o IVA nos esta a matar.
Pagamos as scuts,para em carros de alta gama eles passear.



Se o pobre rouba umas couves para fazer o jantar.
E o grande ladrão pois esse vai logo parar a prisão.
Vem logo a PSP mais a GNR,se for preciso vem um batalhão.
Para que todos vejam o pobre do triste ladrão.
Mas a assembleia esses la e que não vão.

Brisa da minha terra.


Da minha casa velhinha,que já foi berço dos meus pais.
Oiço as rolas o cuco e os pintasilgos e os pardais.
Oiço o vento nos ramos das árvores,castanheiros choupos e oliveiras e outras árvores mais.



A casa do turradinhas mesmo em frente a minha,que tem a mesma idade.
Mais a da tia Marquinhas,feitas no mesmo triângulo.
Parecem três avozinhas.Muito alegres e juntinhas.



Oiço as minhas vizinhas,a falar da vida alheia.
Parecem abelhas a zumbir,dentro da colmeia.
Mas tabem eu tenho vizinhas amigas com elas eu passo horas divertidas.
Não nos deixa-mos levar em cantigas.



Os dias eu passo na minha casinha e pobre mas para mim não a outra igual.
Pois dentro dela não existe o mal.
Só paz e amor,alegria e luz do senhor.
Nela brilha todo o dia a mão de Deus,que e mão divinal.



Minha casa e da aldeia a mais pobrezinho,mas eu quero-te tanto,
que não te trocava nem pelo palaçio real.
Pois foi onde eu nasci e o meu amor por ti não tem rival.
Pois em Agrochão não a outra igual.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Senhor da Piedade.


Senhor da Piedade,no cabeço de Agrochão.
Descei la do vosso altar,e salvai a nossa povoação.
Pois cá nesta terra os já reina a confusão.
Andam todos a ferver em panela de pressão.



Senhor da Piedade podeis começar com a vossa comissão.
E não deixar que percam a noção e no lugar da vaidade.
Que vão trabalhar como um bom cidadão,por isso Senhor dai-lhe um empurrão.


Senhor da Piedade,os vossos romeiros que sobem ao alto e que são verdadeiros.
Olhai por eles mas não esqueçais o mundo inteiro.
Pois nestes nossos dias e um caos por inteiro.


Senhor da Piedade,não te esqueças de nos.
Hoje da tua gente,ouve a nossa voz.
Que aos vossos pés vem rezar e as suas promessas voz vem pagar.
Pela gente de Agrochão não deixeis de olhar,e a vossa bênção a todos vinde dar.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Meu grande amigo do gaiato.


António Álvaro de Sousa,funcionário da dianang,cafunfo ma lanche,onde estas tu?
Que e feito da tua vida!Não sei o que daria,para te voltar a ver.
Pois um amigo sincero nunca o vamos esquecer.


Era no vale do cavaco la na casa do gaiato,onde vives-te estudaste e cresceste.
Ate a maioridade,depois foste trabalhar mas quanto tinhas ferias voltavas ao mesmo lugar.
O teu coração gaiato fazia-te sempre voltar.


Domingo ao ir ir a missa do sr padre Manuel.
Com tanta criança junta tudo tinha gosto a mel.
Com tambores e violas,todas as crianças a cantar.
Lembravam um coro de anjos,descendo sobre o altar.


António Álvaro onde esta a tua viola,que tanta vez acompanhei,la na casa
do gaiato esquecendo nos da hora.
De cantar e de tocar nunca ficávamos fartos.
Ate que o senhor padre Manuel dizia horas de ir embora e de a casa regressar.


Muito triste ao recordar essa tão pura amizade,que entre todos nos havia.
Fico a pensar que se volta-se aquele lugar,algum amigo encontraria.
Voltar a ver os gaiatos do cavaco era a minha grande alegria.
E contigo António Álvaro outra canção cantaria.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Meu coração cansado.


Meu coração já cansado não deve andar muito bem!
Num dia bate loucamente no outro nem batidas tem.
Anda sempre amuado já não bate por niguem.


Alguns dias anda alegre só lhe apetece cantar.
Mas logo no dia seguinte passa o dia a chorar.
Vê-la se te decides já não te posso aguentar.


Vou pedir te um favor que tu terás de cumprir.
Eu chorar não quero mais vo passar a vida a rir.
Pois se estas muito cansado podes deitar-te a dormir.
Mas não vás contar comigo,que o que eu quero cantar e rir.


Eu vo mandar a tristeza para bem longe de mim.
Pois eu serei feliz ate chegar o meu fim.
Mesmo que a amargura chegue eu vo manda-la embora.
Agora o meu coração cansado eu sei que nunca mais chora.

Dia de anos.



Hoje e dia dos teus anos que coisa tão boa.
Meu querido neto,estas em Bragança eu em Agroçhão.
Mas podes crer que estas no meu pensamento.
E bem chegadinho ao meu coração.


Queria do teu bolinho e da tua champanhe.
Mas eu sei que me trarás um copinho no fim de semana.
Então quando chegar e zás catrapaz vo me entornar.


Depois de entornada achas,que te vo cantar os parabéns!
Que mentira....!
Vo te cantar mas e um fado e bebendo mais um canto te o fado do trinta e um.
Com mil beijinhos da tua avozinha

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Antigamente ouvi.


Atigamen-te em pequena ouvi historias de pasmar.
Que ainda hoje ao recorda las me fazem arrepiar.
Contavam nos historias de bruxas ,lobisomens mais altos que janelas de um primeiro andar.


Agora com esta idade ,muita vez ao recordar me fazem rir.
Como uma pobre criança na sua linda inocência se deixava iludir.
Diziam-nos que era o papão e o mais o homem do saco.
Se não nos portássemos bem levavam-nos para um buraco.

Que la nas altas serranias,faziam uma fogueira.
E que nos punham a assar e nos comiam inteiras.
Que a noite vinham as bruxas montadas numa vassoura.
Para nos cortar o pescoço tinham uma grande tesoura.


Diziam que la vinham os papo secos la de traz daquela serra.
Que comiam homens vivos,quando andavam na guerra.
E agora criam comer as crianças desta terra.


Diziam-nos que haviam cobras de tamanhos surreais.
Que eram maiores que três touros que havia nos currais.
Contavam nos que eram princepes e princesas que fadas tinham transformado.
E que para voltar a serem gente alguém tinha que beija las.

Um dia na escola.


Ao colo de minha mãe aprendi a cantar,e foi ao colo dela que aprendi a rezar.
Mais tarde foi pela mão dela que fui para a escola estudar.
Mas depressa compreendi que só la eu ia ficar.


Era muita a criançada que na minha escola havia.
Apenas com sete anos nada daquilo entendia.
Eram duas professoras para tanta criançada.
Mal elas se descuidavam andava tudo a porrada.


Eu era muito pequena ruiva e sardenta,chamavam-me a "cenourinha".
Pensado logo em vingar me eu ficava cá na minha.
E a primeira oportunidade eu dava-lhe a cenourinha.
A minha pedra não falhava a sua linda cabechinha.


De corninhos a sangrar iam queixar-se a mãezinha.
Então passei a ser chamada Maria rapaz.
Niguem me punha o dedo em cima.
Pois nenhum era capaz ate a professora provou do meu cabaz.


Ainda na primeira classe eu não me saia mal.
Não sabia o a e i o u,mas já tinha decorado o nosso grande Condestável.
Andando no recreio com voz bem repenicada os versos do nosso Santo a para todos proclamava.

Mas a professora dona Ilda da janela me escutava.
Chamava-me a sala de aulas,essa mais me castigava.
Pondome meu livro na frente,a lição me apontava.
Nem uma palavra eu sabia,com a régua me açoitava.


Tanta pancada me deu que o meu rabo já sangrava.
Mas nem passou uma hora e já dela me vingava.
Não perdeu pela demora pois ela ficou mais queimada.


Era inverno fazia frio ,mandou-me acender a braseira.
Eu toda contente alegre e traiçoeira.
Pois no bolso do bibe trazia,três castanhas para comer.
Mas no meio do carvão bem escondidas as fui meter.


Quando a carvão acendi e la fui toda brejeira,pois já tinha a minha vingança,
metidinha na braseira.
Fui pola toda contente debaixo da secretaria.
Depois com o abano o carvão ela abanava.


Mal ela sabia o que lhe ia acontecer enquanto o lume ardia as castanhas a crescer.
Estava toda consolada de pernas esquarnanhadas sobre o estrado da braseira.
Quando arrebentam as castanhas só se ouvia uma grande chinfrine ira.


Saltando i gritando ia sacudindo a saia e o saiote.!
Mostrando a cuecinha pois o lume estava forte.
Já cheirava a coura to e a pelos do bigote.
Assim eu me vinguei,pois enquanto o meu rabo doía o dela ardia.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Io da burra.


La na beira do caminho fazem as melras os seus ninhos.
Para os seus filhinhos criar.
Mas la ia todos os dias o io da burra espreitar.
Ao lhe nascerem as penas tratava de lhos papar.


Com os melros depenados.
Sem tripas e chamuscados,la iam para a frigideira.
Depois de bem tostadinhos começava a papadeira.
Com uns litros de vinho tinha festa a noite inteira.



De manha ao acordar e nem a cara lavar.
Voltava de novo ao mesmo.
Por caminhos e veredas.
Apanhava outros tantos que lhe davam para as merendas.


As pobres mães a piar ate faziam arrepiar.
Com os seus pios de aflição.
Ao verem o io da burra ao ninho se aproximar.
Os passarinhos levava para os comer esse ladrão.


POBRES MELROS!ACABARAM NA BARRIGA DO PAPÃO.!

Dona visconda.


Senhora visconda de nariz empinado.
Agora e que eu te vo cantar um fado.
Vela o visconda se me ouves bem.
Não vás tu parar a coisa da mãe.


Senhora visconda tome juízo.
Se olhar bem para si sabe aquilo que eu digo.
Não mande o seu rapaz fazer coisas mas.
Tenha la vergonha se não tem vassoura suba na esfregona.


Dona visconda não mande o seu filho a roubar.
Pois se e apanhado vão lho tosquiar.
Depois e voçe que tem que pagar.
Não dizem que e bruxa!.
Na sua vassoura pode pegar mesmo sem pernas pode ir voçe roubar.


Mas tenha cautela que na chaminé.
Esta a fogueira e se entrar por ela não sai inteira.
Não vai conseguir levar nada.
Porque e na fogueira que a bruxa e queimada.

terça-feira, 23 de março de 2010

Viver na luz e no perdão.


Na luz e na caridade no perdão.
Na bondade na paz e no amor e que devemos viver com o homem nosso irmão.
As crianças dar miminhos dar amor muito carinho.
Dar-lhe o nosso coração,e com eles dar molhes também o pão.



Todo o ser que se dedica a fazer a caridade.
Falsidade não pode ter.
Tem que de se dar com prazer e esquecer a maldade.~
Não se aproveitar da pobreza para os seus irmãos humilhar.


Há muita instituição que por mera ilusão se julgam donos do mundo.
Essas não tem coração,os pobres não levam nada, os ricos esses sim!
E que levam tudo com carros de alta gama de bagageira abarrotada.


O pobre mais pobre fica pois na hora do peditório nas grandes superfícies.
Os caixotes vão enchendo os ricos vão recolhendo e la começa o interrogatorio.
Só lhe podemos dar se a família esta a passar as penas do purgatório.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Segredo.


No meu peito vai guardado junto do meu coração.
Um segredo que eu trago a sete chaves fechado.
Vai comigo para o caixão.
Depois de baixo da terra achado não vai ser não.


Nem ao confessor eu digo,na minha confissão.
Só eu e Deus o sabemos niguem mais o vai saber não.
Pois comigo esta guardado no centro do meu coração.


Nunca mais pensei a fechadura abrir,para o meu segredo não poder fugir.
Pois o meu amigo a muito morreu.
E agora o segredo ficou só meu.


Um dia terei de a Deus contar.
Mas tenho a certeza que me vai perdoar.
Por isso lhe peço para me ajudar.
Que o meu segredo eu não vá contar.

Não as ceifas.


Em prados formosos e campos maravilhosos.
Em pequenina brinquei,e depois mais crescidinha neles trabalhei.
Campos como esses eu não os encontrei.


Com seus olivais e grandes castanheiros,pomares e vinhedos.
E altos pinheiros terra de cultivo de tudo colhemos.
Se a nossa terra e tão boa que mais e que queremos.


Com nossas campinas de trigo alourado.
Quando chega o verão que lindo e ceifa-lo.
Homens e mulheres sempre sem descanso.
De foice na mão em Julho la vão ceifa-lo.


Com tão linda voz.
As suas canseiras são preces que sobem ao céu em oração.
De pois do almoço debaixo de uma árvore dormem a sesta para descansarem.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Vida madrasta....!


Cansada da vida por tanto lutar.
Eu só peço que por favor me deixem descansar.
Que mal eu fiz para tanta tortura,fizeram de mim um farrapo.
Que grande loucura!


Desde criança e só amargura,o meu caminho e só desventura.
Falta-me carinho falta me ternura para mim a vida e madrasta e dura.
E sem compaixão e para mim bastava-me um carinho e um pedaço de pão.
Para consolar o meu coração.


Trabalho muito mas pouco e para mim.
Pois o meu destino foi sempre assim!
O que me fere e me magoa e que nunca fui ma.
Nem vivi a toa sempre andei nos trilhos que anda a gente boa.

Sou crista de fé e ando na luz.
Também só de Maria e de jesus por isso não compreendo porque e tão grande a minha cruz.
Mas se mereço perdoa-me jesus guia meu caminho para a mansão da luz.

Amigos são inimigos.


Meus amigos vão dizendo que eu não bato bem da bola.
Estão muito enganados eles e que sofrem da tola.
E eu gozando com eles faço lhes calar a gola.



Julgando-se muito espertos tudo querem comandar.
Ao falarem da vida alheia e deles que estão a falar.
Não apontemos niguem sem primeiro para nos olhar.
E nossos defeitos apontar.


Não quereis mal a niguem nem apontem por ser mais esperta,e não me deixar enganar.
Quando ides com o tacho já eu estou a jantar.
Pois fazendo-me de burra já vos estou a enganar.


Que grande consolação ao vos ver todos contentes pensado que me fizeram num oito.
Já eu de vos fiz num oitenta!
Pensais que me tendes no papo, eu já voz comi a ementa.
E já voz pus a viola na caixa da ferramenta.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O meu fado.


Queria cantar um fado que nunca niguem cantou.
Queria cantar o amor que o passado me levou.
Queria cantar a paz que alguém de mim tirou.
Queria cantar a caridade que nunca niguem me deu.
Queria cantar um fado um fado que fosse só meu.


Os desgostos desta vida.
São dores que vão ficando.
São lágrimas que os olhos choram e em minha face vão secando.
Fundas marcas no meu rosto vão essas lágrimas deixando.


Cansada já estou perdendo a minha alegria.
Meu coração declinado,vai morrendo dia a dia.
Eu só queria saber porque tão grande ironia!

Meu Pai.


Meu pai homem rude mas lavrador honrado.
Os dias ia passando agarrado ao seu arado de aguilhada na mão.
Os seus bois ia guiando.
I o campo era lavrado.


Quando a casa voltava com fome já cansado.
Dava pena velo assim de suor encharcado.
Mas ao se sentar a mesa ele já ia bem lavado.


Os cinco filhos mais a esposa na mesa com educação.
Antes de comer a ceia rezava-se uma oração.
Então todos nos sentando iamo-nos a refeição.
Todos saboreava-mos o nosso naco de pão.


Ao serão meu pai contava as tarefas que fez.
Amanha e um novo dia e la ia ele outra vez.
Mais uma terra lavrava e outra e mais outra semeava.
E a noite quando dormia com suas terras sonhava.

Angola.


Deitada na areia da praia morena.
Pensei então que era uma sereia era ao fim do dia dessa tarde amena.
Hoje ao recordar e grande a minha pena.
Não voltar a ver a minha praia morena.


Benguela querida vives no meu coração.
Embora não te veja não me esqueces não.
Vives comigo e não e ilusão.
Estas no meu peito junto ao meu coração.


De noite e de dia,em ti vivo a pensar.
Benguela a mais formosa,de angola a mais famosa.
Quem me dera la estar.
E em tuas lindas praias um bom mergulho dar.


Depois ir ver um bom filme no grande monumental.
Passear nas tuas avenidas de beleza sem igual.
Ir a senhora do popolo linda igreja sem rival.


Ao ir a missa ao domingo meu prazer era tamanho.
De ver as barbas branquinhas, do nosso padre António Belarmino Galhano.
Pois mais parecia o pai natal no meio do seu rebanho.

terça-feira, 16 de março de 2010

Sou transmontana.


Sou trasmonta-na sou de trás os montes.
Nado nos rios bebo nas fontes.
Saldo nos penedos dos altos montes.
pela serra acima me faço a vida.
Ser trasmonta-na que coisa tão querida.!

No outeiro mais alto faço uma casinha,talvez em sonhos.
Mas vai ser sempre minha.
E tão bonita a minha casinha.
Não a outra igual tão bonita e catita.


Depois desço ao vale no sopé da montanha.
No mundo não há beleza tamanha.
Deito-me na erva e fico a sonhar.
Na terra não existe paisagem igual.


Sou de trás os montes sou de Portugal.
Mesmo desprezada não lhe levo a mal.
Porque e nas montanhas que esta a beleza.
Tenho muito orgulho sou de trás os montes mas também sou portuguesa.

Lutar e vencer!


Sou lutadora,e não queria a minha luta perder.
Por isso eu agarro a minha vida e não me deixo morrer.
Amanha e um novo dia,que eu terei que vencer.


Toda a vida que vivi por entre vales e montes.
Bebi a agua fresquinha que nascia em lindas fontes.
De nascentes cristalinas mesmo no cimo dos montes.


Faço da campina parte sou uma flor que nasceu nela.
E na campina que vivo e não a coisa mais bela.
por isso quando morrer serei enterrada nela.


Sou camponesa sou do campo.
Disso tenho muito brio.
Que lindas cantigas canto sentada a beira do rio.
E comigo vão cantando as rolas ao desafio.